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Na semana do Meio Ambiente, reflexão sobre solos e água é intensificada

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terraços Tuparendi crédito Deise Froelich
terraços Tuparendi - Foto: Deise Froelich
Por Deise A. Froelich - Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar Regional Santa Rosa

Na semana em que se intensificam as discussões em torno do meio ambiente e do cuidado com a vida, a importância do solo e da água se torna ainda mais evidente. É claro para todos que sem estes recursos, estaríamos impedidos de sobreviver. Mas ainda não está clara, nas ações cotidianas, a sua conservação, colocando nossa saúde e vida em perigo.

Desmatamento, queimadas, plantio convencional, compactação causada pelo tráfego de animais e excessivo tráfego de máquinas, infelizmente fazem parte da história da colonização de diferentes regiões do Estado. Para que ela tome novos rumos, são necessárias consciência e atitude de entidades e população, enfim, de todos.

A taxa de formação do solo está relacionada à velocidade em que o intemperismo se processa. Mas de forma geral, para que 1 cm de solo  seja formado, são necessários de 200 a 300 anos.  Diante disso, fica mais clara a necessidade de preservá-lo.

O plantio direto pode ser considerado um grande avanço, no entanto, é errado afirmar que ele, por si só, representa conservação do solo. Para a água infiltrar e o solo ser preservado, são necessárias outras práticas. Além de serem essenciais para todo o tipo de produção agropecuária e cuidado com os mananciais hídricos, o manejo correto e a conservação do solo são fundamentais para a economia de dinheiro público, com a melhor conservação das estradas, manutenção da biodiversidade e menor assoreamento de rios e barragens, e também para a economia de dinheiro do produtor, que perde menos insumos com adversidades climáticas como as enxurradas, que levam adubos e sementes, e obtém maior rentabilidade com o aumento da produtividade.

O uso inadequado do solo pode levar à perda de suas funções fundamentais, gerando impacto sobre o armazenamento de água no solo; escoamento superficial; recursos hídricos e população, e ainda, a retomada do processo erosivo.

A gestão dos recursos hídricos, ou seja, da água está profundamente ligada à gestão do solo. Mas como reduzir as perdas de solo e de água, especialmente pela erosão? Para reduzir a erosão se faz necessário um conjunto de práticas como adoção do sistema de plantio direto; semeadura em contorno; rotação de culturas; manutenção de terraços; planejamento de manejo de solo e estradas em pequenas bacias hidrográficas; adoção do processo colher-semear, sem  deixar o solo descoberto); evitar fazer pastagem e silagem na mesma área; e  evitar a entrada de máquinas agrícolas e animais em lavouras e   pastagens quando o solo estiver muito úmido.

Outro ponto crucial é a reflexão sobre o cuidado com a água. Apesar de uma crescente crise de água, com um número cada vez maior de pessoas vivendo em estresse hídrico, catástrofes de inundações e secas cada vez piores, ecossistemas em degradação e tensões políticas exacerbadas em áreas com escassez hídrica, a água continua a ser subvalorizada e mal gerida.

Lançamos resíduos e toxinas em nossas águas, não damos atenção suficiente às regras básicas do compartilhamento hídrico, desdenhamos a economia.

É preciso lembrar, no entanto, que toda a atitude, seja consciente ou não, gerará seus efeitos diretamente em nossas vidas.

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